
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha reunião de ferramentas, para tirar as suas diferenças.
O martelo exerceu a presidência, entretanto o notificaram de que teria de renunciar.
Por quê? Fazia demasiado ruído e, também, passava o tempo todo golpeando.
O martelo aceito sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso.
Disse que ele necessitava dar muitas voltas para que servisse para alguma coisa.
Ante o ataque, o parafuso aceitou também, mas na sua vez pediu a expulsão da lixa.
Provou que ela era muito áspera em seu tratamento e sempre teria atritos com os demais.
A lixa esteve de acordo, com a condição de que também fosse expulso o metro, que sempre ficava medindo os demais segundo sua medida, como se fora o único perfeito.
Nisso entrou o carpinteiro, colocou o avental e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
Finalmente, a grossa madeira inicial se converteu em um lindo móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a reunião recomeçou.
Disse o serrote:
- Senhores, foi demonstrado que todos temos defeitos, entretanto o carpinteiro trabalha com nossas qualidades. Isso é o que nos faz valiosos.
Assim, superemos nossos pontos negativos e concentremos-nos na utilidade de nossos pontos positivos.
Todos concluíram, então, que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para afinar e limar a aspereza e o metro era preciso e exato.
Sentiram-se uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.
Sentiram-se felizes com suas qualidades e por trabalharem juntos.
Autor Alexandre Rangel
25/05/2009
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