"Teólogo muçulmano afirma quea a questão é um problema também para o Islamismo"
Um "drama humano que deve ser afrontado com grande delicadeza", que induz à "tristeza e à solidariedade para com quem sofre", mas que "apresenta problemas novos a todas as religiões", em razão dos confins superados pela Medicina. Foi o que disse o teólogo muçulmano, Adnane Mokrani, docente na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, comentando o caso de Eluana Englaro, a jovem de 38 anos de idade, em estado vegetativo há 17 anos, a quem a magistratura italiana permitiu que fossem desligados os aparelhos que lhe fornecem o líquido e a alimentação necessários a mantê-la em vida.
"O debate sobre a eutanásia é amplo também entre os islâmicos – explicou o teólogo muçulmano – e podemos distinguir dois níveis de morte. Sobre a morte cerebral, há um consenso geral no julgá-la uma morte clínica, e no pensar que devam ser os médicos e familiares a decidir se manter ou não o doente ligado aos aparelhos que o mantêm vivo."
Diversas, ao invés, são as opiniões, quando se trata de "coma irreversível ou de uma doença incurável". "Alguns distinguem ainda, entre eutanásia ativa e passiva, rejeitando a possibilidade de fornecer ao doente, substâncias letais, mas prevendo a possibilidade de desligar a aparelhagem que o mantém vivo" – acrescentou ele.
"Yusuf al-Qaradawi por exemplo – prosseguiu Adnane Mokrani, referindo-se ao religioso egípcio, titular de um popular programa na rede televisiva "Al Jazeera" e famoso por suas "fatwas" (sentenças religiosas) publicadas no site "Islam-online – pronunciou-se, cerca de cinco anos atrás, afirmando que os doentes e seus familiares podem optar, seguindo os conselhos dos médicos. Outros, entretanto, dizem que não se pode fazê-lo, porque não se pode excluir um milagre!"
"A vida é um valor absoluto para o Islamismo – concluiu o professor da Gregoriana – e ocupa o segundo lugar, após a religião, entre as finalidades da xariá (a lei islâmica), mas em determinados casos, pode ser até mesmo mais importante. (AF)
Fonte: www.catolicanet.com (05/02/2009)
Um "drama humano que deve ser afrontado com grande delicadeza", que induz à "tristeza e à solidariedade para com quem sofre", mas que "apresenta problemas novos a todas as religiões", em razão dos confins superados pela Medicina. Foi o que disse o teólogo muçulmano, Adnane Mokrani, docente na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, comentando o caso de Eluana Englaro, a jovem de 38 anos de idade, em estado vegetativo há 17 anos, a quem a magistratura italiana permitiu que fossem desligados os aparelhos que lhe fornecem o líquido e a alimentação necessários a mantê-la em vida.
"O debate sobre a eutanásia é amplo também entre os islâmicos – explicou o teólogo muçulmano – e podemos distinguir dois níveis de morte. Sobre a morte cerebral, há um consenso geral no julgá-la uma morte clínica, e no pensar que devam ser os médicos e familiares a decidir se manter ou não o doente ligado aos aparelhos que o mantêm vivo."
Diversas, ao invés, são as opiniões, quando se trata de "coma irreversível ou de uma doença incurável". "Alguns distinguem ainda, entre eutanásia ativa e passiva, rejeitando a possibilidade de fornecer ao doente, substâncias letais, mas prevendo a possibilidade de desligar a aparelhagem que o mantém vivo" – acrescentou ele.
"Yusuf al-Qaradawi por exemplo – prosseguiu Adnane Mokrani, referindo-se ao religioso egípcio, titular de um popular programa na rede televisiva "Al Jazeera" e famoso por suas "fatwas" (sentenças religiosas) publicadas no site "Islam-online – pronunciou-se, cerca de cinco anos atrás, afirmando que os doentes e seus familiares podem optar, seguindo os conselhos dos médicos. Outros, entretanto, dizem que não se pode fazê-lo, porque não se pode excluir um milagre!"
"A vida é um valor absoluto para o Islamismo – concluiu o professor da Gregoriana – e ocupa o segundo lugar, após a religião, entre as finalidades da xariá (a lei islâmica), mas em determinados casos, pode ser até mesmo mais importante. (AF)
Fonte: www.catolicanet.com (05/02/2009)
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