Para refletir!

"Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome". Mahatma Gandhi

DESCOBRINDO A PRÓPRIA FORÇA

Pensamento: "Um herói é um indivíduo comum que encontra a força para perseverar e resistir apesar dos obstáculos devastadores." (Christopher Reeve)

Mensagem: DESCOBRINDO A PRÓPRIA FORÇA

Rachel tinha apenas 16 anos quando, certa noite, recolheu-se ao leito, no dormitório da Faculdade.
Acordou, seis meses depois, numa cama de hospital, na cidade de Nova Yorque.
Ela sofreu um forte sangramento intestinal que a fez mergulhar num longo estado de coma.
Era o fim de sua vida como uma pessoa saudável e o início de uma vida como pessoa portadora de doença crônica.
Foi nessa época que Rachel se recorda de ter verdadeiramente conhecido sua mãe.
Pois até então ela era a profissional que passava longas horas trabalhando. Rachel só a via quando ela chegava em casa, tarde da noite, para lhe dar banho, ler uma história, dar-lhe um beijo de boa noite. As lembranças de sua mãe eram de uma figura passageira que tinha um perfume gostoso e tomava conta dela nos finais de semana.
Durante os seis meses de seu estado de coma seus pais sentiram muito medo. Ela era a única filha de pais mais velhos e super-protetores.
O diagnóstico médico era sombrio. Se saísse do coma, viveria como uma inválida, limitada por uma doença que os médicos não compreendiam e nem controlavam.
Teria que se submeter a uma série de cirurgias importantes. Não deveria viver além dos 40 anos. Sem chance de retornar aos estudos.
Mas Rachel desejava ser médica.
Ali, deitada na cama, ouvindo seu pai lhe dizer tudo isso, ela ficou muito zangada.
Não importava o que dizia os médicos, ela iria voltar aos estudos, à Faculdade. Queria ser médica. Nada a impediria.
“Ah”, - disse o pai, “uma coisa a impedirá, sim. Não pagarei os seus estudos.”
Foi então que a mãe de Rachel, sem alteração na voz, afirmou:
“Eu pago a faculdade.”
“E onde vai arranjar dinheiro?” - perguntou ele.
Ela continuou a falar, dirigindo-se a filha, como se não o tivesse ouvido: “Tenho uma conta no banco há muitos anos. É toda sua Rachel.”
Vinte e quatro oras depois, ela assinou um termo de responsabilidade e retirou a filha do hospital, contra a recomendação médica.
Tomou um pequeno avião e levou Rachel de volta à Faculdade.
Nos seis meses seguintes levou a filha para as salas de aulas, muitas vezes empurrando a cadeira de rodas, porque ela não conseguia andar.
Então, quando percebeu que Rachel poderia cuidar de si mesma, deixou-a sozinha e voltou para sua casa, mas telefonava todos os dias para saber notícias da filha.
Os dois anos seguintes foram de muitas lutas. Rachel não conseguia comer direito e tomava medicamentos fortes para controlar os sintomas.
Ela se sentia doente, tinha aparência alterada e estava doze ou quatorze quilos a baixo de seu peso normal. Mas foi descobrindo uma força que desconhecia. Encontrou uma maneira de viver essa nova vida e seguir em frente. Concluiu a Faculdade e passou a clinicar.
Anos depois, conversando com sua mãe, lhe perguntou por que a deixou sozinha em momento tão difícil. Afinal, ela era sua única filha. Por que não ficou ao seu lado, protegendo-a e mimando-a? Ela perguntou se a mãe não ficou com medo do que pudesse lhe acontecer?
“Eu temia por você” – disse-lhe a mãe. “Mas temia ainda mais pelos seus sonhos. Se eles morressem, essa doença dominaria a sua vida. Há muitas formas de morrer, Rachel. A pior delas é permitir que outras pessoas escolham o tipo de vida que você deve levar. A pior morte é permitir que sejam sepultados os próprios sonhos.”
Amparar a vida, por vezes, é algo muito completo. Há momentos em que o melhor é oferecer a nossa força e a nossa proteção.
No entanto, acreditar numa pessoa num momento em que ela não consegue acreditar em si mesma, tem uma importância toda especial.
É a nossa crença nessa pessoa que vai se tornar o seu barco salva-vidas.
Programa exibido em 27/05/10!

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